Questões

Faça as seguintes questões do livro "A cidade e as Serras" de Eça de Queirós:


1) (UNICENTRO) A única passagem que NÃO encontra apoio em A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, é:
a) Em A Cidade e as Serras, José Fernandes, de rica família proveniente de Guiães, região serrana de Portugal, narra a história de Jacinto de Tormes, seu amigo também fidalgo, embora nascido e criado em Paris.
b) Já avançado em idade, Jacinto se aborrece com as serras e tenciona reviver as orgias parisienses, mas faltam-lhe, agora, saúde e riqueza.
c) A Cidade e as Serras explora uma grave tese sociológica: ser-nos preferível viver e proliferar pacificamente nas aldeias a naufragar no estéril tumulto das cidades.
d) Para Jacinto, Portugal estava associado à infelicidade, enquanto Paris associava-se à felicidade; ao longo do romance, contudo, essa opinião se modifica.

2) (FUVEST) O romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, publicado em 1901, é desenvolvimento de um conto chamado “Civilização”. Do romance como um todo pode afirmar-se que:
a) apresenta um narrador que se recorda de uma viagem que fizera havia algum tempo ao Oriente Médio, à Terra Santa, de onde deveria trazer uma relíquia para uma tia velha, beata e rica.
b) revela narrativa cujo enredo envolve a vida devota da província e o celibato clerical e caracteriza a situação de decadência e alienação de Leiria, tomando-a como espelho da marginalização de todo o país com relação ao contexto europeu.
c) caracteriza uma narrativa em que se analisam os mecanismos do casamento e o comportamento da pequena burguesia da cidade de Lisboa.
d) apresenta uma personagem que detesta inicialmente a vida do campo, aderindo ao desenvolvimento tecnológico da cidade, mas que ao final regressa à vida campesina e a transforma com a aplicação de seus conhecimentos técnicos e científicos.

3) Considere as seguintes afirmações:

I. Assim como Jacinto, de "A cidade e as serras", passa por uma verdadeira "ressurreição" ao mergulhar na vida rural, também Augusto Matraga, de "Sagarana", experimenta um "ressurgimento" associado a uma renovação da natureza.
II. Também Fabiano, de "Vidas secas", em geral pouco falante, experimenta uma transformação ligada à natureza: a chegada das chuvas e a possibilidade de renovação da vida tornam-no loquaz e desejoso de expressar-se.
III. Já Iracema, quando debilitada pelo afastamento de Martim, não encontra na natureza forças capazes de salvar-lhe a vida.

Está correto o que se afirma em:

a) I, somente.
b) I e III, somente
c) II e III, somente.
d) todas as alternativas estão corretas

4) Considerado no contexto de "A cidade e as serras", o diálogo presente no excerto revela que, nesse romance de Eça de Queirós, o elogio da natureza e da vida rural
a) veicula uma sátira radical da religião, embora o escritor simule conservar, até certo ponto, a veneração pela Igreja Católica que manifestara em seus primeiros romances.
b) demonstra que a consciência ecológica do escritor já era desenvolvida o bastante para fazê-lo rejeitar, ao longo de toda a narrativa, as intervenções humanas no meio natural.
c) indica que o escritor, em sua última fase, abandonara o Realismo em favor do Naturalismo, privilegiando, de certo modo, a observação da natureza em detrimento da crítica social.
d) guarda aspectos conservadores, predominantemente voltados para a estabilidade social, embora o escritor mantenha, em certa medida, a prática da ironia que o caracteriza.

5) (Fuvest 2010)(...) É uma bela moça, mas uma bruta... Não há ali mais poesia, nem mais sensibilidade, nem mesmo mais beleza do que numa linda vaca turina. Merece o seu nome de Ana Vaqueira. Trabalha bem, digere bem, concebe bem. Para isso a fez a Natureza, assim sã e rija; e ela cumpre. O marido todavia não parece contente, porque a desanca. Também é um belo bruto... Não, meu filho, a serra é maravilhosa e muito grato lhe estou... Mas temos aqui a fêmea em toda a sua animalidade e o macho em todo o seu egoísmo...

Neste excerto, o julgamento expresso por Jacinto, ao falar de um casal que o serve em sua quinta de Tormes, manifesta um ponto de vista semelhante ao do:

a) narrador de O cortiço, especialmente quando se refere a personagens de classes sociais inferiores.
b) narrador de Vidas secas, principalmente quando ele enfoca as relações sexuais de Fabiano e Sinha Vitória.
c) Major Vidigal, de Memórias de um sargento de milícias, ao se referir aos desocupados cariocas do tempo do rei.
d) Anjo, do Auto da barca do inferno, ao condenar os pecados da carne cometidos pelos humanos.

6) (Fuvest 2011)Tendo em vista o conjunto de proposições e teses desenvolvidas em A cidade e as serras, pode-se concluir que é coerente com o universo ideológico dessa obra o que se afirma em:
a) A personalidade não se desenvolve pelo simples acúmulo passivo de experiências, desprovido de empenho radical, nem, tampouco, pela simples erudição ou pelo privilégio.
b) Elites nacionais autênticas são as que adotam, como norma de sua própria conduta, os usos e costumes do país profundo, constituído pelas populações pobres e distantes dos centros urbanos.
c) Uma vida adulta equilibrada e bem desenvolvida em todos os seus aspectos implica a participação do indivíduo na política partidária, nas atividades religiosas e na produção literária.
d) A atividade intelectual do indivíduo deve-se fazer acompanhar do labor produtivo do trabalho braçal, sem o que o homem se infelicita e desviriliza.

7) (PUC SP 2007)Eça de Queirós escreveu em 1901 o romance "A Cidade e as Serras". A primeira parte da narrativa acontece em Paris; a segunda, em Tormes, Portugal. Nessa obra, Eça se afasta do romance experimental naturalista; abandona, então, no dizer de Antônio Cândido, a crítica ao clero, à burguesia e à nobreza e dá apoio às novas camadas suscitadas pela indústria e vida moderna. Está mais próximo das estruturas portuguesas que tanto criticara. Assim, desse romance como um todo, não é correto afirmar que:
a) desde o início, o narrador apresenta um ponto de vista firme, depreciando a civilização da cidade.
b) o personagem protagonista se transforma, mas sente-se incompleto porque não consegue o amor de uma mulher e nem tem a possibilidade da constituição de um lar.
c) o protagonista, supercivilizado, detestava a vida do campo e amontoara em seu palácio, em Paris, os aparelhos tecnicamente mais sofisticados da época.
d) o personagem José Fernandes (Zé) relata a história do protagonista Jacinto de Tormes, valendo-se de sua própria experiência para indicar-lhe um caminho.

8) (UNIFESP 2010) - Conforme o pensamento de Jacinto, que ganhou a forma algébrica desenvolvida por Jorge Calande, a concepção de um homem superiormente feliz envolve:
a) a dissimulação da força e da sabedoria
b) a busca pela simplicidade.
c) o distanciamento dos preceitos filosóficos
d) o conhecimento e o progresso científico.

9. (UNIFESP 2010)- Se a civilização era enaltecia por Jacinto, era de se esperar que, para ele, a vida apartada do progresso
a) ficaria consideravelmente limitada, reduzindo-se a prática intelectual.
b) aguçaria a intelectualidade, ampliando a relação do homem com o saber.
c) daria espaço para o real sentido de viver e de tornar-se uma pessoa feliz.
d) equilibraria a relação do homem com o saber, permitindo-lhe ser pleno e feliz.

10) (PUC) O romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, publicado em 1901, é desenvolvimento de um conto chamado “Civilização”. Do romance como um todo pode afirmar-se que:
a) revela narrativa cujo enredo envolve a vida devota da província e o celibato clerical e caracteriza a situação de decadência e alienação de Leiria, tomando-a como espelho da marginalização de todo o país com relação ao contexto europeu.
b) apresenta uma personagem que detesta inicialmente a vida do campo, aderindo ao desenvolvimento tecnológico da cidade, mas que ao final regressa à vida campesina e a transforma com a aplicação de seus conhecimentos técnicos e científicos.
c) se desenvolve em duas linhas de ação: uma marcada por amores incestuosos; outra voltada para a análise da vida da alta burguesia lisboeta.
d) apresenta um narrador que se recorda de uma viagem que fizera havia algum tempo ao Oriente Médio, à Terra Santa, de onde deveria trazer uma relíquia para uma tia velha, beata e rica.